Com Ciência - SBPC/Labjor
Por Ênio Rodrigo
13/12/2010
Os problemas causados no organismo pelo uso simultâneo de diferentes medicamentos ainda são subestimados no Brasil. A prática pode causar efeitos indesejados por conta da interação entre os componentes dos remédios ingeridos. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, esse tipo de interação entre dois ou mais medicamentos pode levar à morte em torno de 24 mil pessoas no país. Uma pesquisa mais detalhada, feita pelo Food and Drug Administration (FDA, cuja atividade é similar à feita pela Anvisa, no Brasil), demonstrou que esse número chega a aproximadamente 106 mil mortes por ano nos Estados Unidos.
“O número no Brasil é subestimado, principalmente se compararmos com o número indicado pelo FDA. Isso porque no Brasil o número de pessoas que se automedica é muito maior e até pouco tempo qualquer pessoa podia comprar antibióticos sem receita no balcão da farmácia”, alerta o médico Paulo Celso Budri Freire, coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informação do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e idealizador do portal “Saúde Direta”. A iniciativa de Freire visa a ser uma plataforma para auxiliar os médicos e profissionais de saúde a ficarem alertas para possíveis interações entre medicamentos usados pelos pacientes atendidos.
A ferramenta, desenvolvida por Freire e uma equipe multidisciplinar de profissionais ligados à Unifesp e à Universidade de São Paulo (USP), é o único sistema com esse propósito, disponível em português no Brasil e tem apoio do Centro de Incubação de Empresas Tecnológicas (Cietec) da USP.
Prontuário eletrônico disponível para todos
O portal “Saúde Direta” é uma ferramenta online que não necessita da instalação de software específico e pode ser usado por qualquer médico (e brevemente pelos profissionais de enfermagem também).
“O fato de ser online facilita o acesso dos profissionais em todo o Brasil. Não há a limitação dos sistemas operacionais, por exemplo. Também tomamos cuidado para não fazer um site muito ‘pesado’”, explica Freire.
Com a ferramenta, os médicos podem criar prontuários eletrônicos - cadastrar pacientes e construir o histórico de condições de saúde e tratamentos indicados, além dos remédios ingeridos - dentro de um ambiente que, afirma Freire, garante a confidencialidade dos dados. “Nosso sistema é criptografado e somente o próprio médico tem acesso àqueles dados dos pacientes”, diz.
Cruzamento de dados e avaliação de riscos
A partir desse histórico de saúde dos pacientes, os médicos também podem verificar se aquele indivíduo está correndo risco de ser vítima de uma interação medicamentosa (um evento que tem mais de 155 mil variações). “A literatura médica indica um risco de 15% de possibilidade de interação entre medicamentos - com danos para a saúde do indivíduo - quando se toma três remédios paralelamente. Esse risco sobe para 80% de chances quando se consomem seis medicamentos concomitantemente. Acima de oito remédios diferentes esse risco é certo, são 100% de chances de interação medicamentosa (IM)”, explica Freire.
“Se considerarmos que uma boa parte da população de idosos tem necessidade do que chamamos de ‘multifarmácia’, ou seja, tomam vários medicamentos por conta de condições de saúde diversas, é possível afirmar que muitos indivíduos estão sofrendo com IM. Ainda mais se adicionarmos a essa equação o fato de que os profissionais médicos que atendem esses indivíduos não necessariamente conversam, e podem não saber a totalidade de medicamentos ingeridos por seus pacientes”, completa o especialista que lembra ainda que a ferramenta conta com protocolos de atendimento, o que pode facilitar a indicação dos tratamentos aos pacientes.
Raio X dos atendimentos em todo o Brasil
Os dados fornecidos pelos médicos, como indicou Freire, são confidenciais. Em compensação, o projeto faz uma análise dos números brutos apresentados pelos profissionais. “Com isso é possível analisar - e alertar os órgãos responsáveis, por exemplo - caso haja uma incidência muito alta de uma determinada doença, de um evento de IM ou de outros eventos. Além disso, conseguimos mapear os tratamentos de certas doenças. Ou seja, é uma ferramenta importante de dados estatísticos sobre o que está acontecendo no país em termos de saúde”, diz Freire, que explica também que o acesso à ferramenta “Saúde Direta” é gratuito para pessoas físicas e é necessário apenas que o médico forneça seu número de registro no órgão de classe.
Quando você vai ao médico, recebe uma receita; vai a farmácia, compra seu medicamento. Médicos e Farmacênticos são responsáveis ! Quando você compra produtos sem controle, vendidos boca a boca, por Vendedores não Habilitados... Quem Controla? Quem "receitou" se responsabiliza se o produto não tiver registro no Órgão competente ou Fiscalizador? Quem se responsabilizará se o produto provocar danos a Saúde?
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Falsas Promessas.... Venda Livre e Sem Controle
Analise antes de Consumir
- Performing your original search, HEPATOTOXICITY OF Aloe vera, in PubMed will retrieve 6 citations.
- The New England Journal of Medicine - Volume 354:731-739 February 16, 2006 Number 7
- THE PROTECTIVE EFFECT OF ALOE VERA JUICE (O efeito protetor do suco de aloe vera)
- PHARMACOLOGY OF MEDICINAL PLANTS AND NATURAL PRODUCTS (Farmacologia de plantas medicinais e produtos naturais)
- Analysis of 30 Commercial Aloe Products (Análise Comercial, de 30 de Aloe Products)
- Labrador
- Sistema Eletrônico de Revistas da UFPR
- Pró Reitoria de Pesquisa - UNICAMP
Oferta de Produto Sem Controle Médico - Vídeos
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- Denúncias: Documentário contra a Herbalife
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