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domingo, 8 de junho de 2008

Revista Carta Capital - Câncer Tenda dos Milagres

por Riad Younes - 20/05/2007 - Edição 340

No Brasil e no mundo, muitos bilhões de dólares são gastos por quem, ao buscar a cura por vias alternativas, alimenta a indústria do desespero. As conseqüências são, muitas vezes, desastrosas

A biópsia confirmou nossas suspeitas, você tem câncer! O sr. Álvaro L. da Silva recebeu essa notícia como uma sentença de morte. Apesar das explicações sobre os resultados encorajadores dos tratamentos atuais desse tumor, Silva sentia o peso dessa notícia.
Discutiu exaustivamente com seu médico as vantagens e as desvantagens, a eficácia e os efeitos colaterais do tratamento baseado na quimioterapia e na radioterapia.
Deixou o consultório dizendo ao médico que precisaria de uma ou duas semanas para tomar uma decisão sobre o tratamento.
No dia seguinte, começou a tomar uma mistura de babosa, mel e álcool. Seu primo trouxe o remédio afirmando que tem gente que se curou de câncer tomando a babosa. O paciente tomou a mistura sem discussão, sem a mais pálida sombra de dúvida.
Como esse paciente, muitos outros caem no conto. Nos Estados Unidos, 250 mil pacientes portadores de tumores malignos utilizam tratamentos alternativos, numa movimentação anual acima de US$ 13 bilhões.
Um estudo realizado no Hospital do Câncer de São Paulo (um dos mais renomados hospitais brasileiros dedicados ao tratamento do câncer), em conjunto com o Centro de Pesquisas da Universidade Paulista (Unip), observou uma taxa elevada de uso de babosa (Aloe vera) por doentes com tumores malignos.
A avaliação incluiu, durante um ano, 3 mil pessoas com diagnóstico confirmado de câncer, com seguimento e tratamento documentados em prontuários médicos, e exames de biópsia e de radiologia acompanhando o estado da doença.
Desses casos, 48,5% utilizaram (ou utilizam) um ou mais tratamentos não convencionais.
A maioria não informa seu médico da utilização dessas terapias.
O número real dos tratamentos alternativos oferecidos a pacientes com câncer, ou com outras doenças graves (por exemplo a Aids), é interminável.
Nasce todos os dias uma nova idéia, uma nova abordagem para a cura do câncer e de outras doenças crônicas.
No estudo realizado em São Paulo, a babosa é a campeã: 49% de todos os pacientes com câncer que utilizam tratamentos alternativos já tomaram a mistura contendo babosa, seguida pela cirurgia espírita (19% passaram pelos bisturis espíritas).A lista continua: cogumelo do sol, acupuntura, cartilagem de tubarão, chá de ervas (as mais variadas), cromoterapia, florais de Bach, homeopatia, gotas da Dona Conceição, urinoterapia, cristais, antineoplastons, túnel fotônico, multiterapia Di Bella... A utilização de tratamentos considerados não convencionais pela medicina não é nova, nem se restringe ao Brasil ou a segmentos da população mais ou menos favorecidos.
Nos Estados Unidos, o uso desses, ou de outros tratamentos, está em alta. Estima-se que 25% dos portadores de câncer fizeram uso de terapias alternativas, movimentando somas astronômicas.Um artigo publicado na conceituada revista médica americana New England Journal of Medicine informa que pesquisadores da Universidade Harvard estimaram que, em 1990, os americanos compareceram a 425 milhões de consultas a terapias não convencionais, enquanto as consultas de atendimento médico primário, naquele ano, não ultrapassaram 388 milhões.
Nesse mesmo período, gastou-se com tratamentos alternativos um total de aproximadamente US$ 13,5 bilhões, desses, US$ 10 bilhões foram pagos do próprio bolso pelo paciente (espantosa quantia comparável aos US$ 13 bilhões gastos diretamente pelos pacientes em todos os hospitais americanos).
Outro estudo realizado por B.R. Cassileth e seus colaboradores, da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e publicado na mesma revista, não mostrou nenhuma diferença de sobrevida de pacientes com câncer que usam terapias alternativas, quando comparados com aqueles que nunca as utilizaram.
O número de pacientes envolvidos nesses tratamentos aumenta continuamente, a ponto de chamar a atenção dos órgãos e das instituições dedicadas ao estudo e ao tratamento do câncer.
No Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), realizado na cidade de Atlanta, reuniram-se mais de 16 mil oncologistas de todo o mundo, houve um simpósio dedicado aos tratamentos alternativos de câncer.Discutiu-se, com a seriedade necessária, o impacto desses tratamentos na oncologia em geral, e nos pacientes com câncer.
Os palestrantes concluíram que todos os tratamentos deveriam ser avaliados cientificamente, incluindo os que apresentarem potencial de ação direta ou indireta em pacientes com câncer no arsenal terapêutico rotineiro.

Por que este interesse da comunidade médica e científica nos tratamentos alternativos?

1. A principal razão é a sua utilização difundida entre pacientes com câncer. Esses tratamentos podem influenciar positiva ou negativamente a evolução da doença e do doente, e até interferir no curso dos tratamentos convencionais. No estudo realizado no Hospital do Câncer de São Paulo, muitos pacientes
tiveram um retardo significativo no início do tratamento convencional, ou na continuidade da terapia diretamente relacionada ao uso de tratamentos alternativos. Pacientes com câncer de mama precoce (algumas com nódulos de um centímetro de diâmetro), diagnosticadas por biópsia feita por punção (agulha) e programadas para cirurgia, decidiram inicialmente ter sua doença tratada e curada por cirurgia espírita.

Resultado da aventura: meses após, quando voltaram ao consultório médico para avaliar o sucesso da cirurgia espírita, constatou-se um aumento significativo do volume do tumor, que não somente não foi tratado ou curado pela cirurgia espírita, como cresceu e em alguns casos se disseminou para gânglios linfáticos (ínguas) nas axilas das pacientes. As chances de cura dessas pacientes se reduziram de 80%, quando diagnosticados inicialmente, a menos de 50%, após o atraso devido à intervenção espírita.

A babosa, apesar de divulgada como um tratamento natural, sem efeitos colaterais e com eficácia milagrosa contra câncer, Aids, osteoporose, reumatismo, entre outras doenças, tem feito seus estragos em doentes com câncer: muitos tiveram diarréia (efeito colateral freqüente pouco valorizado pelos divulgadores da babosa), detalhe importante a ponto de retardar em várias semanas a administração de tratamento quimioterápico, além de debilitar os pacientes por perda excessiva de líquidos e eletrólitos nas fezes diarréicas. O pior é que os pacientes não informam seus médicos sobre a utilização da babosa, levando-os a tomar decisões erradas sobre supostas complicações relacionadas à quimioterapia, com prescrição de medicamentos específicos (incluindo até cortisona ou antidiarréicos potentes) totalmente desnecessários. Os ciclos da quimioterapia são planejados com freqüência adequada para
um eficácia máxima. Baseiam-se na biologia das células tumorais e no comportamento de cada medicamento no corpo humano. O retardo de um tratamento, de um ciclo de quimioterapia, pode interferir em sua eficiência final no controle da doença.

Vários casos são relatados na literatura médica mundial documentando a ocorrência de mortes ligadas a tratamentos não comprovados, como irrigação do cólon e com enemas com café (teoricamente administrados para desintoxicar o organismo).

2. A segunda razão se relaciona à própria investigação científica na procura de novas drogas para tratamento de doenças. Cerca de 78% de todas as drogas antibacterianas e 60% dos medicamentos anticâncer existentes são derivados de produtos naturais afirma G. Cragg, chefe do Programa de Desenvolvimento de Terapêuticas de Produtos Naturais do National Cancer Institute, dos EUA,responsável por testar anualmente 15 mil extratos de plantas, vindos de todo o mundo, para tratamento do câncer. Um exemplo de substância descoberta foi o paclitaxel, droga aprovada para tratamento de vários tumores malignos, com alta eficiência. Esta droga foi encontrada em árvore freqüente na Califórnia (Taxus brevifolia). As possibilidades de encontrar uma substância ativa nova, um mecanismo de ação desconhecido, que possa oferecer nova abordagem e novas esperanças no tratamento do câncer, levam os pesquisadores a avaliar os tratamentos populares alternativos. A estratégia para a coleta e seleção de plantas na procura de substâncias potencialmente ativas se baseia em algumas fontes: a mais importante é a informação repassada do folclore regional para tratamento de sintomas ou de doenças, explicou, em palestra, Ivana Suffredini, farmacêutica responsável pelo Laboratório de Extração da Unip. Esse laboratório, assim como outros no Brasil – o Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Universidade de Campinas, a Soad, no Rio Grande do Sul, e a Universidade do Ceará, realiza pesquisa sistemática de substâncias farmacologicamente ativas contra doenças como o câncer em extratos de plantas brasileiras.

3. A terceira razão é identificar efeitos colaterais possíveis dos tratamentos alternativos, de forma a poder orientar os pacientes quanto aos riscos potenciais associados à administração de tratamentos não testados.

4. O quarto motivo é incorporar um tratamento com eficiência comprovada na prática médica geral, oferecendo-o a todos os pacientes que poderiam dele se beneficiar, e não a alguns que acreditam misticamente em seu poder.

Apesar de todas essas razões, os tratamentos alternativos continuam na sua maioria absoluta sem avaliação científica adequada sobre sua eficiência contra as doenças, assim como sobre os eventuais efeitos mórbidos ligados à sua utilização.
Os pacientes com câncer (e com outras doenças graves ou crônicas) fazem uso intensivo desses tratamentos: confiam muito na sua fé, na resolução dos problemas via terapias não comprovadas, muitas vezes deixando de lado tratamentos de benefício real.
O que faz as pessoas acreditarem cegamente, e prontamente, em mitos de cura sem embasamento algum?
O desespero e o pânico que tomam conta na hora do diagnóstico, além da intensa ação de parentes e vizinhos querendo ajudar, divulgando efeitos devastadores de tratamentos convencionais sobre a saúde das pessoas (efeitos esses que elas somente ouviram falar, ou conheceram em casos esporádicos), afirmando que ninguém se cura de câncer tomando quimioterapia (informação totalmente errônea, pois, para alguns tipos de tumores malignos, como o linfoma, a cura é alcançada na maioria absoluta dos pacientes com a administração da quimioterapia), e confirmando a cura de alguém utilizando este ou aquele tratamento alternativo.
Muitas das correntes de tratamentos não convencionais se baseiam na abordagem holística da doença, dando ao paciente uma sensação de envolvimento e de controle maior sobre o processo de seu tratamento.
Os vendedores de tratamentos alternativos se valem também do alto grau de desinformação e misticismo das pessoas em geral (no Brasil e em qualquer outro país do mundo) para fazer a propaganda de seus produtos. Eles insistem que seus tratamentos são naturais ou espirituais (portanto, com poderes da natureza e sem efeitos colaterais dos produtos industrializados, profanados pela manufatura), garantem a destruição dos tumores e a melhora do estado geral do paciente, com aumento da imunidade e da defesa individual contra o câncer.Infelizmente, nem um efeito nem outro foram avaliados ou comprovados nem pelas pessoas que os divulgam.
Frei Romano Zago, no Rio Grande do Sul, entusiasta da babosa, confirma que a maioria dos que tomam babosa não volta para avaliação de sucessos ou de problemas relacionados ao tratamento. Apesar de ninguém, incluindo o frei Zago, ter comprovação cientificamente válida das vantagens da babosa. Se não acreditar em padre, em quem vamos acreditar?, disse, em entrevista na tevê, um participante de palestra apresentada pelo religioso.Em uma palestra proferida certa vez em São Paulo, o frei garantiu: A babosa tem curado muitos tipos de câncer. Muitas outras doenças também são curadas: alergia, aftas, asmas, anemias, cólicas, artrose, queimaduras, insolação, doenças de pele, gangrena, diabetes, hemorróidas, furúnculos, feridas venéreas, infecção de bexiga e rins, dores de ouvido, de cabeça, de fígado e de estômago, próstata, úlcera gástrica, varizes, verrugas e vermes.
Como vêem, é uma farmácia completa. Ao término daquela palestra, o frei Zago anunciou, para alívio do auditório com mais de 300 pessoas, que sua mistura de babosa, mel e álcool está ao alcance de todos, pronta e engarrafada para uso geral, a R$ 23 o frasco.
A maioria dos presentes se levantou e comprou um ou mais frascos naturais e levou para casa a cura certa de muitas doenças, entre elas o temível câncer.
A indústria do desespero prospera, beneficiando, direta ou indiretamente, pessoas sem fundamentos médicos, científicos ou éticos básicos. Essas pessoas se valem da desinformação sistemática da população para atingir um mercado lucrativo, sem controle das autoridades científicas, médicas ou governamentais.W. Wardell, diretor do Covance Institute for Drug Development Studies, em New Jersey, nos EUA, aponta evidências de que existem na mente das pessoas em geral duas filosofias para a interpretação de informações sobre medicina tradicional e medicina alternativa: a medicina tradicional é encarada normalmente com desconfiança, presumindo-se que todas as drogas produzidas são ineficientes e inseguras, até provas científicas sobre sua eficiência e segurança.
Por outro lado, a população presume que todos os tratamentos alternativos são eficientes e inócuos, até provas em contrário.Segundo Wardell, existe também o espírito marqueteiro na mente das pessoas: Se as vendas de um produto alternativo aumentarem de US$ 2 milhões para US$ 60 milhões, esta é uma prova suficiente de que funciona, e todo o mundo compra.
Propagandas constantes divulgam efeitos mágicos com este ou aquele tratamento, resultados ainda sem apoio científico. Nos últimos 30 anos, foram publicados na literatura científica 98 estudos sobre os efeitos da Aloe vera, a famosa babosa: 95 estudos avaliaram sua atividade quando aplicada em problemas de pele (queimaduras, cicatrização etc.).
Dois estudos avaliaram sua atividade em câncer em ratos (um realizado na Malásia e outro na Itália), quando mostraram uma pequena atividade sem o impacto milagroso tão divulgado.Somente um estudo publicado em 1998 avaliou o efeito da babosa em doentes com câncer, realizado também na Itália.
Os autores concluíram que os resultados desse estudo preliminar mostram que extratos de Aloe vera podem oferecer algum benefício, apesar de pequeno e não muito claro, e sugerem que o uso da Aloe vera em pacientes com câncer somente deverá ser indicado quando algum benefício claro for detectado em eventuais estudos futuros.
A cartilagem de tubarão foi alardeada como a cura do câncer (entre outras doenças). Miller, em pesquisa realizada na Cancer Treatment Research Foundation, em Illinois, EUA, avaliou os efeitos da administração de cartilagem de tubarão em pacientes com câncer. Mostrou que 11% tiveram intolerância gástrica e nenhum apresentou qualquer resposta do tumor ao tratamento. O médico também concluiu que neste estudo, a cartilagem de tubarão foi inativa em pacientes com câncer avançado e não mostrou nenhum efeito na qualidade de vida dos pacientes.M.R. Horsman e outros pesquisadores da Dinamarca avaliaram vários tipos de cartilagem de tubarão em ratos com câncer e concluíram que nenhum tipo de cartilagem de tubarão testado teve qualquer efeito benéfico sobre o tumor, ou contra o desenvolvimento de metástases (tumores a distância). Nossos resultados não oferecem nenhum suporte para o uso de extratos de cartilagem de tubarão como tratamento anticâncer.
O cogumelo do sol está sendo divulgado como, de acordo com o folheto distribuído pela indústria vendedora, eficaz no tratamento dos mais diversos tipos de câncer, segundo pesquisas feitas nos laboratórios da Drew University of Medicine and Science, por M. Ghoneum, especialista em imunologia.Consultados os arquivos acumulados na maior biblioteca científica do mundo, não foi encontrado nenhum estudo publicado por Ghoneum nas últimas duas décadas avaliando os efeitos do cogumelo do sol em qualquer doença. O Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos estima que um milhão de novos casos de câncer são diagnosticados anualmente, enquanto o Instituto Nacional do Câncer do Rio de Janeiro (Inca) estimou a ocorrência de 130 mil novos casos por ano no Brasil (certamente muito abaixo da realidade em nosso país, provavelmente se aproximando de 250 mil casos/ano). Desta longa lista de pacientes, 25% nos Estados Unidos e 48% no Brasil fazem uso de um ou mais tratamentos alternativos. No estudo realizado no Hospital do Câncer, em São Paulo, 36% fizeram uso não somente de um tratamento alternativo, mas de dois (e às vezes simultaneamente), 12% de três, e 1% até de seis diferentes tratamentos não convencionais alimentando continuamente suas esperanças individuais e os bolsos dos propagandistas dos tratamentos milagrosos.
Os tratamentos alternativos que se baseiam em apoio psicológico, em fé religiosa e em orientação espiritual têm sido associados a benefícios em pacientes com doenças graves. Poucos estudos cientificamente bem organizados foram realizados para comprovar tais benefícios, mas todos apontam na direção de real melhora da qualidade de vida dos pacientes, apesar de doença avançada. J.I.Fernsler, pesquisadora da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, concluiu, em estudo publicado: Os pacientes com envolvimento espiritual e religioso apresentaram menor número de queixas, menor ansiedade em relação ao câncer, e melhor qualidade de vida. Tratamentos médicos convencionais não têm eficiência absoluta, nem são desprovidos de efeitos colaterais.
A vantagem óbvia desses tratamentos é o conhecimento mais detalhado de seus mecanismos de ação nas doenças (como atuam para resolver o problema), da eficácia testada em estudos controlados de muitos pacientes e, comparados com outros tratamentos considerados padrão, dos efeitos colaterais previstos.
No tratamento convencional, cada paciente pode, ao iniciá-lo, ter uma idéia clara sobre vantagens e desvantagens para o seu caso específico.Infelizmente, da mesma forma há médicos convencionais que também administram tratamentos não comprovados, e até contra-indicados a pacientes com várias doenças.
É óbvio que essa prática deve ser tão condenada quanto a daqueles que divulgam e indicam aos pacientes tratamentos alternativos sem nenhuma comprovação. Os dois tipos de terapeutas estão enganando e tirando proveito dos doentes de forma similar.
Não existe, teoricamente, uma medicina alternativa: todos os tratamentos têm a finalidade de melhorar a saúde do homem, sob todos os seus aspectos, e todos os tratamentos eficazes, independentemente se originários das indústrias farmacêuticas ou de receitas populares, devem fazer parte do armamentário médico.Não pode haver dois tipos de medicina a convencional e a alternativa. Há apenas a medicina que foi adequadamente testada, e a que não foi, afirmou M. Angell, em editorial na revista New England Journal of Medicine.
A medicina deve ser, no entanto, frontalmente contra o charlatanismo e a enganação, quer de médicos tradicionais ou de terapeutas alternativos. Ainda chegará o dia em que as autoridades sérias, científicas e oficiais, irão encarar os abusos da desinformação popular e proteger os indefesos contra a próspera indústria do desespero.
Resolução do Conselho Federal de Medicina em maio 1998
  • Considerando o surgimento e a proliferação de práticas pretensamente terapêuticas, à margem do conhecimento científico aceito pela comunidade acadêmica; Resolve: Artigo 1º. Proibir aos médicos a utilização de práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica

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Falsas Promessas.... Venda Livre e Sem Controle

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